O Plano Estratégico de 2024 a 2031 do Ministério Público estadual foi discutido, ontem, 30, e hoje, 31, no encontro regional, no encontro realizado na regional de Feira de Santana. O evento reuniu mais de 100 promotores de Justiça e servidores das Regionais de Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Euclides da Cunha e Serrinha, além dos coordenadores dos Centros de Apoio Operacionais do MP, que têm sede em Salvador. Eles revisaram a identidade organizacional em conjunto e contribuíram para a definição de objetivos, estratégias e iniciativas para o planejamento da instituição. A procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti abordou os desafios orçamentários e a importância da unidade no Ministério Público na abertura do evento. A procuradora afirmou se sentir honrada por chefiar a instituição num momento tão desafiador para o País. “Os desafios reforçam ainda mais a nossa unidade. Atuamos com uma equipe de confiança, profundamente comprometida com os rumos da nossa instituição, o que se traduz no árduo trabalho que estamos desenvolvendo para construir esse plano estratégico”, salientou a PGJ, que descreveu o plano como um instrumento vinculante. “Conclamo todos vocês a desenharmos juntos esse documento que, uma vez pronto, desenhará um mapa vinculante, que irá conduzir nossos projetos e iniciativas nos próximos oito anos. Nossa unidade é o nosso pilar maior e são os senhores e as senhoras quem irão dizer o que queremos do MP baiano nesse período”, concluiu Norma Cavalcanti.
O secretário-geral do MP, o promotor de Justiça Alexandre Cruz, reforçou a importância da criação do plano e definiu o trabalho como uma revisita ao MP baiano. “O MP que temos hoje é o resultado da nossa atuação como membros, como parte da instituição. É o resultado dos nossos erros e acertos. Seguramente, mais acertos que erros. A instituição que temos hoje é como é por força das nossas escolhas e do direcionamento que damos”, frisou. “Planejar é dizer para onde, a partir deste ponto, queremos levar o MP nos próximos anos. É nossa responsabilidade com a democracia planejarmos o MP dos próximos anos, tendo como norte que a instituição não é nossa, é da sociedade baiana, mas que os seus rumos estão confiados a nós e por isso precisamos dar o nosso melhor”, afirmou o secretário, que frisou o trabalho que vem sendo feito pela administração superior para valorizar a instituição. “Um MP forte só se constrói com membros e servidores valorizados, aptos a desenvolverem plenamente o seu papel constitucional”, concluiu.
O chefe de gabinete do MP, promotor de Justiça Pedro Maia, abriu sua fala fazendo um breve diagnóstico do MP atual. “Estamos avançando. Hoje, temos todas as nossas unidades com promotores titulares”, afirmou, salientando a importância de ter um MP presente e acessível fisicamente ao cidadão em todo o Estado. “Estamos ocupando todas as promotorias e garantindo para membros e servidores as melhores condições de trabalho. Em todas nossas 72 sedes próprias, que funcionam em unidades autônomas, independentes de Fóruns, já temos internet de alta velocidade. Até outubro, chegaremos a todas as cerca de 300 unidades do MP na Bahia com essa qualidade de internet”, comemorou o chefe de gabinete, apontando a digitalização da instituição como um legado e uma ferramenta de transformação e eficiência. “Nosso trabalho é seguir avançando e, para isso, a construção de um plano estratégico robusto é decisivo”, concluiu. Presidente da Associação do Ministério Público da Bahia, o promotor de Justiça Adriano Assis elogiou o comprometimento da administração superior com a valorização da carreira, tanto do membros quanto dos servidores da instituição. “Temos tidos na administração superior do MP uma parceria extremamente eficiente, o que certamente nos trouxe até onde estamos e nos levará ainda mais longe com o desenho do plano que estamos fazendo”, afirmou Adriano Assis. Também integraram a mesa de abertura, o procurador-geral de Justiça Adjunto Paulo Marcelo Costa, a procuradora de Justiça Tania Regina Oliveira Campos e o secretário-geral adjunto Ricardo de Assis Andrade.
O coordenador de Gestão Estratégica do MP, o promotor de Justiça Lourival Miranda, apresentou a visão geral e o alinhamento conceitual para a construção do plano estratégico 2024 – 2031. Segundo o promotor, o planejamento estratégico vem no sentido de orientar e direcionar a atuação da instituição, promovendo processos organizacionais internos e autoavaliações. “O planejamento é um processo organizacional, sistêmico, com o qual toda instituição, pública ou privada, faz um diagnóstico da sua atuação. É a partir daí que se analisa pontos fortes e fracos, detecta as possíveis ameaças e identifica as oportunidades. Desta forma, a instituição começa a planejar seu objetivo, maximizando suas atividades”, afirmou. Consultor do MP para a elaboração do plano, Fábio Moreira conduziu as oficinas que debateram a revisão da identidade da organização, visão de futuro e definição de objetivos, estratégias e iniciativas. “Nosso objetivo nessa consultoria é simplificar o planejamento, tornando ele ainda mais estratégico. É preciso que cada meta desenhada aqui seja clara, orientando precisamente os projetos e iniciativas institucionais. O MP tem um valor incomparável para a sociedade e para a democracia. O seu plano estratégico precisa deixar cada vez mais claro esses valores”, frisou o consultor.